segunda-feira, 27 de julho de 2009

Parabéns (meu) Mário


Quem és tu? Quem és tu que entraste na minha vida desta forma sem que eu desse conta, ou que se calhar eu inconscientemente deixei entrar? Não sei quem tu és, mas já te conheço tão bem…
Sabes o que é ter momentos zen, para me concentrar em ti? É, nestas noites de ultimamente, iluminadas por uma lua cheia, sentar-me no chão do meu quarto, janela aberta para sentir uma ligeira brisa; uma vela acesa, ou outra, ouvindo ‘U2 – Electrical Storm’ - que me faz pensar tanto e ti. Sabes o que é que eu foco? O olhar doce de um rapaz, o Mário; um rapaz alto, de cabelo assim meio loiro, com um nariz perfeito.
Eu não sei o que é que ele me fez, nem o que eu lhe fiz, mas isso não sou eu a sentir; eu sinto dependência, sinto felicidade, sinto ansiedade. Tantas histórias que juntos fizemos, tantos desabafos, tantos risos e sorrisos, tantas juras de amor, de eternidade, de felicidade, tantas noites ao telefone, e nunca nos tocámos, nunca trocámos olhares… Tanto que já fantasiámos, e aí só dá para soltarmos aqueles nossos ‘sorrisinhos parvos’. Fantasiamos sobre de como um dia vamos ser juntos, de que iremos ter uma casa com saída para a praia, com pareces de vidro, um quintal onde vão constar, para além de lagartixas para tu caçares com a boca, duas palmeiras a segurar uma rede, onde vamos passar noites, depois de me levares para a praia para vermos o pôr-do-sol enquanto tocas guitarra para mim, e os nossos filhos, a quem queremos chamar de Santiago e Íris, juntos, olhando e apontando para nós: “Olha os pais”. E que no fim desta história, que estávamos a fantasiar, tu disseste “Contigo, até na rua.” – motivo de mais um ‘sorrisinho parvo’ meu.
Eu não sei que raio de sentimento é este, que a dor de estarmos longe e de sabermos que ainda há tempo para esperar, nos fortalece tanto, que nos faz querermo-nos um ao outro, como nunca quisemos ninguém antes. Serás tu ‘aquele’? Eu gostava, muito. E acredito que sejas, todas aquelas coincidências, não posso acreditar que sejam só isso, porque são demais e nós acreditamos que seja um sinal, em conjunto com todo este misto de sentimentos novos, e eu falo por mim, porque nunca senti nada assim. Aliás, eu vejo em ti, Mário, a pessoa perfeita para mim, eu sempre quis uma pessoa como tu. Não sei explicar o ‘como tu’, porque não sei que tens tu para me fazeres estar assim, «mas tenciono passar o resto da minha vida a descobri-lo».
Eu só sei que quero viver isto, quero entrar no meu quarto de adolescente, poder ter as paredes cheias de fotografias tuas, ao natural – és lindo! – poder saltar para cima da cama e telefonar-te com saudades e termos aquelas conversas melosas, ou quando me chamas gorda e logo a seguir és capaz de dizer ‘a-mo-re, eu amo-te’. E voltamos nós a fantasiar coisas lindas outra vez. Eu imagino as nossas caras frontalmente encostadas, a olharmo-nos nos olhos e a expressarmos os nossos ‘sorrisinhos parvos’. E voltamos a encontrar mais uma coisa que temos em comum, e é mais uma certeza e tu dizes “Isto é bruxedo, tu és uma bruxa! Tu nasceste para mim.” – és lindo!
Contigo, eu aprendi e partilhei muita coisa, como este sentimento que é tão diferente, tão bom; e tu és tão diferente de tudo. Eu e tu não somos perfeitos, ninguém é, mas nós somos perfeitos um para o outro, como o ying e o yang.
Um dia, aquele dia que nós sabemos, eu hei-de largar tudo, para, finalmente, viver isto a sério, como deve ser vivido, contigo, esteja eu como estiver. Podemos ‘separar-nos’ até lá, mas eu hei-de procurar-te, eu só não quero deixar passar isto depois de tanto, depois de tudo. Eu nunca tive ninguém como tu.
Meu amor, muitos parabéns, espero que contes muitos e que tenhas tudo de bom, hoje e sempre. Estarei sempre aqui, seja de que forma for, porque eu posso nem sempre estar presente, mas jamais estarei ausente. Mereces o mundo, mas quero ser eu a dar-to. Esperas por mim?
E tu dizes “fica comigo” – Eu fico.
Eu não te amo para sempre, mas sempre te vou amar, meu Mário.


20 de Junho de 2009

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